Decidi ler O Dia do Curinga (Jostein Gaarder, 1989) de tanto que me recomendaram. Até a vendedora da loja me disse (sem eu precisar perguntar), que alguns conhecidos seus já tinham lido o livro, e tinham achado melhor até que O Mundo de Sofia, do mesmo autor, traduzido em 37 países). Bem, eu já havia lido O Mundo de Sofia, e me mantive cético ao comentário da atendente (quand même, não deixei de soltar um longo "séééério?").
E eu não me equivocara. Ler o Dia do Curinga, depois de ler O Mundo de Sofia, é como ter uma aula de adição e subtração, mesmo que você já saiba multiplicar e dividir (just in passing, O Mundo de Sofia é ótimo, mudou meu ponto de vista sobre alguns assuntos, que antes pareciam incompreensíveis).
Mas isso não quer dizer que não deva ser lido. Tem lá seu charme. E alguns pensamentos me chamaram a atenção:
"Não conseguia entender como as pessoas conseguiam viver neste mundo sem se perguntarem, ao menos de vez em quando, quem eram e de onde tinham vindo. Como era possível fechar os olhos à vida neste planeta, ou então considerá-la 'evidente'?"
"E se existe uma coisa que aprendi com a vida nesta ilha é que depois de um dia sempre há outro."
"A vida é uma grande loteria, da qual só se veem os ganhadores."
"Conosco, meros mortais, a coisa é bem diferente: a gente envelhece, fica com os cabelos brancos, e um dia se acaba e desaparece deste mundo. Com os nossos sonhos, porém, a coisa é diferente. Eles podem continuar vivendo em outras pessoas por muito tempo depois de termos partido."
e: "Quem quer entender o destino, tem de sobreviver a ele."
Enfin, percebe-se que o Gaarder não estava pra brincadeira. Recomendo a leitura, afinal, filosofar nunca é demais.
Meu mundo
Há 11 anos
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